Move On - Capítulo Um: A dura realidade.

– Isabella Swan?

– Sim, sou eu. – falei para o homem alto e engravatado a minha porta.

– Sou James Volturi, oficial de justiça. – ele parecia mais um advogado vestindo aquele terno do que um oficial de justiça. Oficial de Justiça. Ai Deus...


– Não tem ninguém com quem eu possa.

– Eu moro sozinha na casa. – ele me encarou desconfiada, e depois, passou os olhos pelo meu ventre. E pareceu ficar ainda mais surpreso por me ver naquele estado.

– Vim trazer-lhe isso. – ele passou um envelope branco, sem nada escrito, apenas com um selo. Sem rodeios eu o abri.

E quando li o que estava escrito naquilo, me deu vontade de... fiquei sem ação, sem reação.

As palavras gritavam para mim.

Ordem de Despejo.
– Olha, não tem como eu...

– Desculpe senhorita. Mas a hipoteca da casa esta a dois meses atrasada, quase três, não poço fazer nada pela senhora. – engoli em seco. Deus... o que faria? O que seria de mim e desse pobre bebê que eu carregava?

– Bem... segundo isso, eu tenho 48 horas para sair da casa. – ele assentiu. Enfim estava tudo perdido. Acabado. Eu estava acabada.

Fechei a porta atrás de mim e me sentei no sofá. Coloquei o rosto entre os joelhos, segurando as lágrimas.

– Porque isso tinha que ter acontecido comigo? – murmurei. – Porque você não esta aqui agora mãe? – eu estava me sentindo tão perdida, desorientada.

Eu precisava de alguém que me ajudasse, me apoiasse agora. E, no entanto, o que eu ganhei foi uma gravidez precoce, um namorado e pai do bebê que sumiu, e a morte dos meus pais. Talvez se... se eu acabasse com tudo isso não fosse menos dolorido, se eu simplesmente terminasse com toda essa dor.
– Olha, não tem como eu...

– Desculpe senhorita. Mas a hipoteca da casa esta a dois meses atrasada, quase três, não poço fazer nada pela senhora. – engoli em seco. Deus... o que faria? O que seria de mim e desse pobre bebê que eu carregava?

– Bem... segundo isso, eu tenho 48 horas para sair da casa. – ele assentiu. Enfim estava tudo perdido. Acabado. Eu estava acabada.

Fechei a porta atrás de mim e me sentei no sofá. Coloquei o rosto entre os joelhos, segurando as lágrimas.

– Porque isso tinha que ter acontecido comigo? – murmurei. – Porque você não esta aqui agora mãe? – eu estava me sentindo tão perdida, desorientada.

Eu precisava de alguém que me ajudasse, me apoiasse agora. E, no entanto, o que eu ganhei foi uma gravidez precoce, um namorado e pai do bebê que sumiu, e a morte dos meus pais. Talvez se... se eu acabasse com tudo isso não fosse menos dolorido, se eu simplesmente terminasse com toda essa dor.
Olhei para trás. E vi um homem. Nos encaramos por breves segundos, mas longos suficientes para me deixarem sentir várias sensações. Primeiro eu senti raiva: Porque ele não me deixou acabar com tudo? Depois, foi medo: Porque ele estava me segurando, eu era uma estranha, grávida e sozinha, ele podia muito bem querer se aproveitar de mim.

– Moço, eu não tenho nada eu... – ele sorriu para mim, mas não era um sorriso maldoso. E terceiro: Me perdi na imensidão do verde em seus olhos.

– Você não vai querer fazer isso.

– Você não sabe o que eu quero. – tentei puxar meu braço, mas o aperto dele era forte demais para mim.

– Se eu te soltar, vai tentar pular? – questionou, eu não respondi para ele, apenas abaixei a cabeça e encarei o chão. Eu não sabia de mais. Era muito difícil entender que eu queria sumir?
POV. Edward

Eu simplesmente não sabia porque, mas algo me dizia para passar entre os penhascos e lagos de La Push. E foi o que fiz, quando do nada vi uma garota, ela estava de braços abertos, pronta para pular, vi quando ela se impulsionou para frente, mas corri em sua direção e lhe segurei pela cintura.

Ela não tinha cheiro de bebida, ou nenhum sinal de que estava drogada.
– Se eu te soltar,vai tentar pular? – perguntei, após não muito agradável diálogo. Ela encarou o chão, e eu pude ver quando uma pequena lágrima escapou por seus olhos, caindo na ponta de meu sapato.

– Você não entende, eu preciso fazer isso, é a única solução. – sussurrou.

– Solução? Desde quando a morte é algum tipo de solução? E... – eu precisava de algo mais forte para argumentar, eu não queria usar aquilo, mas era a única forma. – E você esta grávida, não percebe que vai matar seu bebê também? – acho que talvez eu tenha sido duro demais com ela, pois no instante em que terminei de falar, a garota começou a chorar compulsivamente. E eu me arrependi. Num ato inconseqüente – mas não mais que o dela -, eu puxei o corpo vulnerável para dentro do meu carro.
Mesmo lá dentro, no quente, ela não parou de abraçar a si mesma, por isso eu percebi que não era frio o que ela sentia, pelo menos, não esse tipo de frio.

– Você... – respirei fundo. – Eu sou Edward Cullen. E você. – então ela tentou controlar o choro, e com pouco sucesso balbuciou.

– I...isabella Swan. – ela fez menção de abrir a porta do carro, mas eu travei.
– Não, você... você precisa de ajuda. – ela me olhou, e só então eu fui perceber o quão profundo era seus olhos chocolates. Sorriu fraco para mim.

– Eu não tenho quem me ajude.

– Posso te ajudar. – ela deu uma forçada gargalhada.

– Olha, obrigada mesmo, mas eu to grávida, dou trabalho para mim mesma, imagina para você. – enquanto ela falava, eu liguei o carro, o que fez com que seus olhos quase saltassem do rosto.

– Não se preocupe, você esta péssima, vamos ir apenas em uma lanchonete. – ela negou.

– Olha, você esta me ajudando para caramba, mas olha só, eu não quero ser um peso para ninguém, então pode me deixar aqui mesmo.

– E quem me garante que você não vai tentar se matar de novo? – ela ergueu a sobrancelha, mas eu ignorei.

[...]

Quando ela percebeu mesmo que eu haviam parado em uma lanchonete, relaxou, antes de entrarmos, ela passou as mãos na roupa, e eu rolei os olhos. Mulheres serão sempre mulheres, mesmo se elas acabaram de tentar se matar.
Assim que entramos, pedi algo que tivesse muita gordura – o que era difícil já que estávamos num lugar assim -, sentamos em uma mesa para duas pessoas, bem no canto, e eu me sentei de frente para ela.

– Então... Bella.

– Do que me chamou.

– Bella? – ela sorriu, tímida.

– Ah... só meus pais me chamavam assim, para todos eu era apenas Isa. – eu sorri.
– Você quer conversar, sabe, sobre seus problemas. – ela negou.

– Não. Não quero te atrapalhar.

– Vamos lá, vai ser bom para você. – ela suspirou.

– Bem, tenho 16 anos, morava com meus pais antes de tudo acontecer. Eles morreram em um incêndio na nossa casa de praia em Carmel, na Califórnia. Meu pai tinha uma empresa, não éramos ricos, mas vivíamos bem, só que depois que eles morreram, eu fiquei sobre a custodia de uma tia por parte de pai. Meu dinheiro sumiu, e ela também. – suspirou.

– E a sua gravidez?
– Ah... – ela riu. – Eu tenho na verdade tive, um namorado desde os meus treze anos, você sabe, tinha aquela pressão. – eu entendi “aquela pressão”, como algo relacionado a sexo. – E dois meses depois que meus pais morrerão, eu acabei cedendo, agora eu estou aqui, grávida, sozinha e despejada. – quando acabou, ela estava chorando de novo, porem baixinho.

– Despejada?

– É, a hipoteca da casa atrasou, tenho 48 horas para tirar tudo de lá, mas não vai adiantar nada, já que não tenho para onde ir. – eu não sabia o que fazer, já havia me envolvido demais para simplesmente deixá-la ir.

– Olha, você não tem mais ninguém?

– Eu tenho um irmão mais velho. – meu coração bateu mais forte, ela tinha alguém, não ficaria sozinha. – Mas ele mora na Alemanha. – tentei não demonstrar o quão decepcionado fiquei.- E o Maximo que ele sabe sobre mim é que sou filha de um segundo casamento do pai dele, sabe que meu pai morreu e nada a mais. – ela tocou na barriga, apenas tocou. – E eu tenho pena desse bebê, pois não coragem de abortar e se eu fuçar com ele, terei menos coragem ainda de mandá-lo para a adoção.

– Eu tenho uma solução para tudo isso. – falei de repente.

– Qual? - o tom dela era irônico, quase como se ela mesma me dissesse que não havia solução para aquilo.

– Você vai para casa comigo. – ela levantou-se de súbito.
– Mas é claro que não. Você é um estranho e eu uma adolescente grávida e...
– É sua única opção, se não fizer por você, faça pelo seu bebê. – ela pareceu ficar desarmada. Voltou a sentar-se, passou as mãos nos olhos.

– Sei que sua intenção é boa, mas eu não posso.

– Confie em mim, é só por um tempo, depois que conseguir resolver sua vida, você vai embora.

– Não sei.

– Olha só, eu moro sozinho, tenho 21 anos, faço faculdade de medicina de dia e a noite trabalho no hospital. Meu nome é Edward Cullen, como você já sabe, e você deve conhecer minha mãe e minha irmã, pois ela trabalhar na única decoradora de casas da cidade.

– Esme e Rosalie Cullen? – perguntou, com uma expressão de: Como eu não me dei conta antes?

– Eu as conheço, foram elas quem decoraram minha casa, a alguns anos atrás. – ela sorriu triste. – Tudo bem Edward, eu aceito, mas me promete, que quando eu tiver sendo um incomodo para você, você ira me dizer. – eu assenti, mesmo sabendo que isso não aconteceria.

Depois de comer, rumamos para a minha casa, Bella pareceu ficar impressionada.

– Caramba, você mora aqui sozinho?. – quando eu assenti, ela falou – É tão grande. – depois disso, eu a mostrei onde ficava o banheiro, ela tomou um rápido banho, colocando uma roupa de minha irmã que estava ali.

Sentei no sofá, e a convidei para sentar comigo.

– O que vai fazer com as coisas que ficaram na sua casa?

– Vou deixar lá, vou procurar um emprego e começar do zero. – assenti, mesmo que não concordasse com isso. – Vou pegar apenas algumas roupas amanha, e o que eu julgo realmente importe. Mas não se preocupe, é pouca coisa.

– Tudo bem. – falei, olhei para sua barriga, eu nunca tivera afeto por um bebê, quero dizer, não enquanto estavam dentro do ventre. Mas eu fiquei tão impressionado com isso, que foi impossível não perguntar.

– Eu... eu posso tocar? – questionei, apontando para a barriga. Ela pareceu surpresa, mas concordou.
Levei minhas mãos até o pequeno volume sobre a blusa. E... caramba, era tão... estranho. Mas de alguma forma legal.

Sorri quando encarei minhas mãos em sua barriga.

Temos um pequeno começo de vida aqui, Bella...

N/A:

Oi gente, como estão? Bom, eu pretendia trazer o capítulo mais tarde, mas tava aqui arrumando umas coisas, e decidi que agora seria melhor, eu amei os comentários que estão fazendo nas postagens do blog, isso me incentiva muuuito, vocês não tem idéia do quanto. 
Espero que tenham gostado, logo tem mais.
Beijão!

5 comentários:

Carli disse...

Oi;gosto muito de suas fics, e ja me apaixonei por essa ; e li todas as postadas no nyah e gostaria de saber se pretende continuar todas ou não. agradeço a atenção e o empenho que tornam minhas tardes mais ocupadas. beijinhos, ate o proximo post.

=]

Camila S. disse...

Oi, Carli, obrigada por tudo, e sim, eu vou concluir todas. Esse ano o tempo foi bem pouco, mas agora nas férias eu vou me organizar melhor e todas as fanfics serão concluidas.
Beijos.

ﻬ ஐﻬ May Rob Kris Patt ﻬஐﻬ disse...

Ai adorei o começo da fic muito legal, mesmo. Continue assim ja li algumas das suas fics no nyah. Vou dizer ficou meio confuso o capitulo mais eu gostei.

Obrigada por me avisar flor.

ÁgataMagno disse...

Saudade dessa fic, que bom que vc vai continuar... Acompanho tmb Destino Cruzados, Doida pra mais post =D

Camila S. disse...

Ai amores, muito obrigada por tudo, não tenho nem palavras pra dizer a vocês.

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