Move On - Capítulo Três: Aproximação Perigosa.

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 Fiquei tão triste por não ter recebido comentários no capítulo anterior. Foi tão ruim assim? Gente, se sim, comentem dizendo o que acham que precisa ser melhorado, é horrível ficar no escuro.
Bom, espero que este capítulo agrade vocês, e me desculpem a demora, provas finais acabam comigo. Boa leitura, até mais.
Beijos! 
POV. Edward
- Hei... Bella adormecida. – eu realmente não acredito que falei isso.
Tudo bem, agora já havia sido dito. Bella se remexeu um pouco na cama, mas nada que a fizesse realmente acordar. Por que eu estava no quarto dela às sete e meia da manhã? Simples, tínhamos, na verdade ela tinha, uma consulta com a ginecologista /obstetra.
Cutuquei um pouco mais forte seu ombro. Ponto. Olhos abertos. Droga, fechou os olhos. Hã? Tudo bem estou começando a ficar maluco.
- Bom dia. – falou com um suspiro pesado, passou a mão na barriga, e relaxou no exato momento em que constatou que ela estava ali.
- Bom dia. – ela pareceu se envergonhar quando fiquei na sua altura e lhe dei um beijo na testa, mas mesmo envergonhada, pude ver que Bella ficava receosa toda vez que eu me aproximava demais.
Era como se ela ficasse tensa, ou algo assim. Eu estudava medicina e não psicologia, ok?
Decidi dar um tempo a ela, não precisávamos nos aproximar, só tínhamos que conviver em paz pelo tempo em que ela precisasse de mim.
- O que faz aqui tão cedo? – perguntou, seguida de um pigarro para tentar amenizar a ronquidão da voz.
- Ah... Eu me esqueci de te avisar que marquei uma consulta para você. – ela ficou surpresa com aquilo, o que me fez perguntar se em todo o tempo de gestação ela havia feito algum exame ou até mesmo o pré-natal.
- Não, minha vida está de pernas para o ar que a ultima coisa que pensei em foi em pré-natal.
Eu não deveria ter feito o que fiz, mas ainda assim fiz, porque no momento em que preferi as palavras, ela baixou a cabeça.
- Ou você quis dizer que a última coisa em que pensou foi em seu bebê. – ela deu de ombros, o que notei ser um costume seu quando não tinha o que falar. Instantaneamente fiquei sem o que dizer. – Hã... Vou deixar você se trocar, apenas não demore, certo? – com um sorriso falso, ela assentiu.

POV. Bella
Talvez ele estivesse certo. Não, ele está certo. Não pensei mesmo em meu bebê quando descobri estar grávida, em meio a tantos problemas eu havia me esquecido dele. Também não pensei muito nele na tentativa maluca e frustrante de me matar. Mas, no entanto ele era tudo para mim agora. E eu não estava cuidando adequadamente do meu tudo.
Levantei da cama apressada, na noite anterior eu dormira tão tarde – porém me deitei tão cansada – que não havia desfeito as malas. Maria ofereceu-me ajuda, mas recusei, faria sozinha depois.
No meio de minhas coisas – quando fui pegar uma calça −, caiu uma foto, e assim que a vi, me deu náuseas. Era ele. O pai do meu bebê, ou talvez, o cara que me ajudou a fazê-lo, pai que é pai não ameaça de morte. Por algum motivo, invés de queimar, eu coloquei a foto em uma gaveta, jogaria do lixo depois. Voltei a me vestir, colocando uma bata azul clara que disfarçava a barriga não muito grande.
No banheiro do próprio quarto, escovei os dentes e penteei o cabelo, o amarrando em um alto rabo de cavalo, calcei meu tênis e sai.
Edward me esperava sentado na cadeira em frente à mesa, beliscava algumas coisas sem realmente comê-las. Maria – como sempre – estava para lá e para cá, organizando isso e aquilo.
Assim que ela me viu, me deu um bom dia e um beijo no rosto, Edward por sua vez, apenas sorriu e pediu para que eu sentasse e comesse.
Não, eu não tinha fome ou qualquer outra coisa do tipo, na verdade estava me dando uma tremenda vontade de me jogar na cama e simplesmente dormir.
- Você esta bem Bella? – questionou Edward, com as mãos sobre a mesa, com o corpo um pouco inclinado em minha direção.
- Hã... Sim, estou bem. – mas não estava, não depois de tantas verdades serem ditas, o que nem eram tantas verdades, mas era a verdade que mais me machucava ouvir. Eu não cuidava do meu bebê. Eu era só mais uma criança que em pouco tempo teria outra. Só isso, nada mais.
- Precisamos ir, já esta pronta? – eu apenas assenti.
Levantei da cadeira e escovei os dentes, quando voltei à sala Edward já estava na porta, nos dirigimos até o carro dele, que eu não havia entrado desde aquele dia. O caminho até o hospital foi silencioso, eu não sabia o que se passava na cabeça dele e nem ao menos queria perguntar.
Com um pigarro, Edward pareceu tentar quebrar o clima.
- Então... Como passou a noite?
- Bem. – respondi.
Eu não queria ser mal educada, não depois do que ele estava fazendo por mim, só que... Ele não tinha o direito, não mesmo.
- Olha, eu sei que você ficou chateada.
- Não, eu... – ele me interrompeu.
- Tudo bem Bella, eu sei que sim, só te peço desculpas, ok? Eu não fiz por mau, mas como médico, ou quase um, eu posso te afirmar que esta tendo uma gravidez de risco por seu corpo não ser totalmente preparado para ter um bebê, e todo o cuidado é pouco em casos como esses. – eu assenti.
- Tudo bem, mesmo, não fiquei chateada. – ele me olhou de canto. – Ok, só um pouco, afinal, eu sabia que tinha errado, e, no entanto, você repetiu tudo para mim.
Ele parou o carro, já estávamos no hospital, mas não descemos.
- Certo. Então me desculpe, sinto muito por isso, fiquei apenas preocupado, mesmo, pensei em você, no bebê, você sabe... – eu assenti, mesmo não entendendo realmente o que ele queria dizer.
- Só me desculpe, certo? Prometo que não acontecerá de novo.
- Já disse Edward, está tudo bem, mesmo. – eu sorri, de verdade, sorri de verdade para ele.
Era fácil fazer isso quando ele também sorria.
Ficamos sem assunto depois disso, acho que foi por isso que ele assentiu e desceu do carro, abrindo logo em seguida, a porta para mim.
Entramos no hospital um ao lado do outro, e não teve como não notar todas aquelas mulheres olhando para ele, todas passavam e davam um “oi”, primeiro pensei por ser o fato de ele ser assim, mas depois me dei conta de que ele devia ser uma pessoa legal de se trabalhar.
Quando chegamos na recepção, ele falou meu nome, e a mulher – que estava explodindo de tão grávida – deu um telefonema, avisando que já podíamos entrar.
- Você quer ir sozinha ou eu...  – eu assenti, mas ele interpretou mal. – Tudo bem, eu espero aqui.
- Não, você... Hum... Vai comigo? – ele sorriu, e voltou a caminhar ao meu lado.
Ainda não me sentia bem com pessoas estranhas, mesmo que fossem medicas. E foi nessa instante que descobri. Eu confiava em Edward Cullen muito mais do que deveria.
POV. Edward
Confesso que fiquei feliz quando ela pediu que eu entrasse junto no consultório da medica. Porque, de um jeito ou de outro, ela estava começando a confiar em mim.
Já na frente da porta, eu bati duas vezes, a voz de Miranda – a médica e amiga minha – soou calma do outro lado da porta. Entramos, e sentamos.
- Olá Edward.  –disse, depois olhou para Bella, e encarou a ficha nas mãos. – Hum... Isabella Swan, certo? – Bella assentiu.
- Miranda. – comecei. – Quero que faça todos os exames, preciso para ver se ela e o bebê estão bem. – ela riu.
- Vou fazer Edward, mesmo que você não me pedisse. – voltou-se, de novo, para Bella. – Então, Isabella, pode trocar de roupa, te aguardamos aqui. – Bella me olhou, quase como se me perguntasse se estava tudo bem, eu assenti, esperamos ela trocar de roupa, e depois, Miranda pediu para ela deitar na maca.
- Ansiosa? – perguntou.
- Um pouco. – respondeu, mas eu sabia que ela estava ansiosa sim, muito.
Miranda pôs o gel na barriga dela, que eu não havia percebido o quão gracinha estava, não muito grande, mas era muito linda.
Não sei se dei muito cara ao ficar encarando sua barriga daquela maneira, pois alguns minutos depois, Miranda passava as mãos na frente de meus olhos.
- Terra para Edward?
- Ah... Oi. Cadê a Bella? – perguntei ao notar a maca já vazia.
- Foi trocar de roupa, você parecia tão perdido em pensamentos que até já acabamos a ultra-som.
- Ah... E deu para ver o sexo?
- Não, mas posso garantir que se vocês tiverem uma menina, ela será bem comportada, já que está de pernas fechadas. − eu assenti.
“Mas posso garantir que se vocês tiverem uma menina, ela será bem comportada, já que está de pernas fechadas.”
Se vocês tiverem? Certo, eu estava quase entrando em pânico, eram motivos bobos, mas ninguém nunca, nunca alguém falou assim, como se eu tivesse esperando um filho.
Tecnicamente eu estava, sabia disso, mas não era meu.
Interrompi meus pensamentos quando Bella apareceu na sala, devidamente vestida, sem aquela roupa, que até mesmo para mim, era estranha.
Bella sentou-se ao meu lado. E encarou a doutora, preocupada.
- Não me olhe assim. – acusou Miranda, rindo. – Está tudo bem, querida, com os dois. – então ela me olhou. – Fiz essa lista com tudo que Isabella poderá ou não comer, então, cuide bem dela. – eu assenti.
- Cuidarei.
- E espero que na próxima consulta possamos ver o sexo. – Bella sorriu, confirmando, sai dali abismado, porque ela estava assim, tão calada, não que ela falasse muito.
Quando chegamos ao carro, perguntei para ela o que estava acontecendo.
- É, que, eu estava com receio de que meu bebê estivesse mal por minha culpa, sabe. – sim, eu sabia, mas não era só isso, eu tinha certeza.
- Hum... Só isso, mesmo? – ela confirmou, e não era quem insistiria, já insisti sobre muitas coisas com ela.
Não queria que se sentisse pressionada comigo ou que deveria contar tudo a mim já que eu estava a ajudando.
- O que acha de passearmos? – propus.
- Onde? – notei quando seus olhos brilharam em animação.
- Em qualquer lugar, você escolhe. – é, pelo visto eu ia matar a faculdade hoje, mas era só um dia.
E ela escolheu, primeiro fomos almoçar e depois fomos ao shopping, assistimos um filme, comemos pipoca, o que eu prometi que seria o único dia, já que na dieta dela, como comida saudável não estava incluído pipoca doce. Bella riu, um riso que eu gostei de ouvir.
POV. Bella
Há quanto tempo eu não me divertia tanto? Mesmo que fosse apenas olhando um filme bobo de comedia romântica? Eu realmente não sabia, acho que era a primeira vez em meses que eu ria de verdade.
Ouvi o que a médica disse no consultório, porém não ouvi a resposta de Edward, mas não era por isso que eu tinha ficado mau, era porque, uma vez, minha mãe disse que quando ela tivesse um neto, ela seria a primeira pessoa a ouvir o coração e a me levar numa consulta. E o que aconteceu? Ela morreu, nem chegou, a saber, que eu estava grávida.
Parei de pensar nessas coisas ruins quando Edward segurou minha cintura e me ajudou a subir os dois pequenos degraus para chegar ao apartamento.
E eu gostei da sensação que isso me causou, o toque dele e tudo o mais. Porém, eu ainda estava com medo, Edward estava sendo um fofo comigo, mas mesmo assim, nós estávamos tento uma aproximação que eu julgava perigosa. Muito perigosa.

2 comentários:

Equipe Bang! disse...

Magavilhoso, tirando uns errinhos de português, ta mto Mara *-*

Camila S. disse...

Erros? Estranho, ele foi betado antes da postagem. Vou conferir, pode deixar *-*

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