Destinos Cruzados - Capítulo Treze

POV. Bella


- Pois é, Jake. – murmurei ao celular.


- E como você está com tudo isso?


- No começo foi barra, eu fiquei tão sem saber o que fazer, tão sem chão, nossa, não sei como aguentei sabe. Eu pensei que o Edward ia me tirar a Kris, mas no fim... Ele só pediu para que eu dexasse ele participar da vida dela.


- Sabe o que eu não entendo? Como esse cara tem tanto certeza que a Kris é filha dele se você vão fazer o exame amanha a recém?



- Ta na cara, acho que nem eu queria assumir, mas ta na cara sabe. As meninas são identicas, as mesmas. Não há dúvidas.


- Bom, se você tem tanta certeza... Mas eu tenho que desligar agora, mas amanha, assim que tiver caindo a noite, eu to chegando ai dona Isabella. – eu ri.


- Não precisa, Jake. Acho que agora as coisas estão todas sob controle.


- Não perguntei se precisava ou não, só disse que vou ir. Agora vai descansar, sei que você ta precisando. Beijos linda.


- Um beijo. Obrigada. Por tudo.
(...)


- Mamãe...


- O que foi meu amor? – perguntei, acariciando seus cabelos, Krissy estava sentada no sofá, entre minhas pernas, totalmente embolada perto de mim.


- Você gosta do tio Ed? – perguntou inocênte, mau sabia ela que minha resposta dependia de muitas coisas.


- Eu não sei, porque isso agora?


- Eu vi ele beijando você, pensei que só se devesse beijar quem a gente ama.


- Bom, você está certa. 


- Então, você gosta?


- Ele é legal, gosta de mim, gosta de vocês. É um cara bem bacana, um bom amigo, com certeza. – ela ergueu a cabeça e me encarou, com certeza não era aquilo que ela queria saber, pois apenas virou os olhos.


- Você não esta respondendo a minha pergunta, mãe. Mas deixa, eu vou ir brincar com a Anne. – e simples assim, ela levantou e foi em direção ao quarto onde Anne brincava de bonecas. Suspirei, minhas meninas estavam crescendo, e mau sabiam elas que ainda iam ter que esperar por muitas coisas.
(...)


Era de manhã, a correria para ir para escola era grande. Nos acordamos tarde, e com isso estavamos cinco minutos atrasadas, não que em Forks isso fosse um problema, apenas não queria que elas chegassem tarde no colégio ou que eu me atrasasse para o trabalho.


Certo. Eu estava nervosa. Era hoje o dia do bendito exame de DNA, e ainda por cima, Edward conseguiu com que ele ficasse pronto em menos de dois dias.


Dois dias. Era esse o tempo que levaria para minha vida – nossas vidas – mudassem drasticamente.
Apressei as meninas um pouco mais, ela escovaram os dentes rápido, e logo estávamos no carro, indo para a escola, não demoramos muito tempo para chegar, mas mesmo assim, chegamos logo que o sinal tocou, deixei Anne na sala de aula, pois ela entrava mais cedo, e depois fui até o outra lado do prédio, deixando Kris na pré-escola.


Quando cheguei ao trabalho, Rosalie já estava lá, e me olhava com uma expressão um tanto estranha. É claro que seria assim, eu fiquei três anos com a sobrinha perdida dela, de que outro jeito ela poderia me encarar?


- Oi. – sussurrei.


- Oi. – respondeu ela. – Que história, hein. 


- Pois é. – nosso pequeno diálogo acabou logo em seguida, quando ela disse que precisava resolver alguns assuntos em sua sala.


Fiz meu trabalho, atendi algumas ligações, marquei algumas fotos, verifiquei horários, confirmei visitas. Tudo que eu já estava acostumada a fazer.


Então, em certa parte da manhã, quase 13:00hrs da tarde, Rosalie pediu que eu fosse em sua sala.
- Bella. – murmurou depois que me sentei. – Eu sei que pra você pode parecer especulação, mas Emm é advogado, eu não falei com Edward depois daquele dia, então não sei qual foi a reação dele. Mas, pode contar comigo, para o que der e vier, não é justo ele tirar Kris de você, não pense que eu estou de defendendo, mas me coloquei no seu lugar, e ficar sem Dave seria horrível. Sei que meu cunhado tem os motivos dele, mas sei que você não sabia que Kris era filha dele. Então, se você quiser falar com Emm sobre seus direitos, e os direitos dele também. É só nos procurar. – ouvi tudo atenta, feliz por saber que, se o pior tivesse ocorrido, ela estaria ali por mim. 


Claro que eu ligaria para Jake em primeiro lugar, mas era bom saber que eu tinha mais alguém.
- Eu agradeço por isso de verdade. Mas graças a Deus, Edward disse que não irá tirar Kris de mim. – ela suspirou, parecendo tão aliviada quanto eu. – Ele apenas pediu para que eu o deixasse participar da vida dela, como o pai que ele nunca pode ser.
Rosalie sorriu.
- Eu sabia que o meu cunhado não tomaria uma decisão precipitada, mas todos ficamos tão nervosos, até mesmo por Krissy, como será pra ela todas essas mudanças? Então quero que saiba, que o que você precisar, estaremos aqui.
- Obrigada.
- Se quiser ir pra casa, tirar o resto do dia de...
- Não, obrigada. Preciso manter minha cabeça ocupada nesse tempo.
- O exame é hoje? – apenas assenti.
(...)
Para minha infelicidade, o tempo passou voando, e com isso, meu nervosismo só aumentou. Com toda a calma que eu não tinha, sai do trabalho direto para a escola. Rosálie me desejou boa sorte, agradeci e sai.
Quando cheguei lá, as duas já me esperavam, sai do carro, e andei com elas até um banco um pouco afastado da escola e das outras crianças.
- O que foi Bella? Porque a gente ta aqui? – Anne perguntou.
Eu mordi os lábios, sem saber ao certo como começar ou o que dizer elas. Respirei fundo, e me sentei entre as duas.
- Vocês lembram que o Edward tem uma filha, que... hum... se perdeu quando ainda era um bebezinho? – perguntei, elas assentiram. – Bom, ele ta procurando a filha dele tem um tempo já, e... – droga, era agora. – E... e ele acha que a encontrou.
- Jura? Quem é Bella? – Anne perguntou, empolgada. Eu baixei os olhos.
- A gente conhece ela. – comentei. – É uma garota linda, de olhos verdes e cachinhos dourados. Que tem uma manchinha no rosto.
- Igual a minha? – Kris perguntou inocente, a empolgação era tanto que ela até levantou do banco ergueu a mãozinha e tocou a própria manchinha, um sorriso lindo em seu rosto.
- Sim amor. Igual a sua. – Kris estava feliz com a mais nova descoberta, Anne, por outro lado, já tinha matado a charada, e me olhava de olhos arregalados.
- Bella... – sussurrou.
- Eu sei, eu sei. – beijei o topo de sua cabeça, numa tentativa inútil de tranqüilizá-la.
- Porque a Anne ficou tiste?
- Eu não to triste, é só que você não entendeu o que a Bella quis dizer. – passei a mão pelos cabelos de Anne, para logo depois, pegar Kris no colo, agora era a parte difícil.
- Kris, você lembra de quando eu falei que você não tinha saído da minha barriga? – ela assentiu.
- Você disse que um anjinho me mandou para você.
- Sim, um anjinho me deu você, um dos melhores presente que eu já ganhei. Acontece, amor. Que o anjinho me deu você, porque o seu papai não podia cuidar de você.
- Eu não tenho um papai. – sua expressão era confusa, e ficava ainda mais no decorrer da nossa conversa.
- Tem sim, eu te disse lembra, que você estava comigo, porque o seu papai e a sua mamãe não podiam cuidar de você.
- Você sabe quem eles são?
- Não, quero dizer, eu não tenho certeza. – Deus, como aquilo era difícil.
- Como assim, mamãe?
- O Edward tem uma filha, que ele perdeu quando era bebê.
- Como o tio Edward é descuidado. – ela sussurrou. Eu quase ri.
- Não foi culpa dele. Bom, ele acha...
- Acha o que? – respirei fundo.
- Talvez amor, você seja a filha do tio Edward. – superando todas as minhas expectativas, Kris riu, riu muito alto, fazendo eu e Anne ficarmos surpresas.
- O que foi? – Anne perguntou a ela.
- Ai mãe, você é tão engraçada. Eu nem sou palecida com o tio Edward. E os filhos têm que ser palecidos com os papais né. Eu tenho olho verde, e ele... – então ela parou. Mesmo tendo três anos, Kris sabia perfeitamente identificar as cores, e eu sabia, que naquele exato momento, ela estava fazendo comparações, dela e de Edward, pois ela mexia em seu corpo, e ficava desconfortável, outra vez nos surpreendendo, ela pulou em meu colo, e se agarrou no meu pescoço.
- O que foi?
- Ele vai me levar pra morar com ele? A Nina mora com o papai dela. – eu suspirei.
- Não sei se você é realmente a menina que ele ta procurando, eu só tinha que contar pra vocês porque, você e ele vão fazer um exame, pra saber se ele realmente é seu pai. – ela ficou em silencio por alguns instantes.
- Você vai ficar comigo?
- Sempre, meu amor!
(...)
Um hospital era silencioso, lógico, mas aquilo, nossa, tava muito silencioso. Não sei se era meu nervosismo, minha ansiedade ou sei lá o que. Mas eu tinha certeza de que minha expressão era a mesma de Kris e Anne. Assustada.
Encontramos com Edward logo que entramos, e ele nos levou para o consultório dele, o mesmo que eu fui parar quando machuquei a mão.
Ele olhava para Kris, e eu via a vontade que ele sentia em tocá-la, abraçá-la. Mas ela estava quieta, agarrada a mim como um gatinho assustado.
- Logo ele vem, ai a gente já pode fazer o exame. – eu assenti.
- Vai doer? – Kris me perguntou, mas não foi eu quem respondeu.
- Não querida, não vai doer, eu prometo. Anne olhava tudo atenta, também era um choque para ela, a um tempo atrás, falar sobre a família de Kris, que nós nem sabíamos se existia, era muito, muito irreal, no entanto, agora, era algo que, nossa... não tinha como descrever.
Logo uma batida na porta fez com que todos levantássemos.
Edward a abriu, era um outro médico. Brian, pelo que eu pude ler no crachá. Trocamos poucas palavras, ele foi gentil comigo e com as meninas, brincando com elas e as elogiando, dizendo a Edward que ele estava nervoso demais, mas, afinal, quem não estaria?
Na hora de ir para a sala onde o sangue seria coletado, Kris fez um pequeno escândalo.
- Eu não quero ir, mamãe. – ela me dizia com os olhos cheios de lágrimas, nenhuma havia caído, mas estavam todas ali.
- Tem que ir, querida. É preciso, a gente pode sair depois, o que acha?
- Não. – se agarrou ao meu pescoço. – Eu quero ir pra casa, eu quero mamãe. Me leva embora.
- Kris. – falei firme. – Vai ser rápido ta. E se você quer ir pra CSA, tem que ser uma boa menina e deixar o moço fazer o exame.
Acabou que ela finalmente cedeu. Andamos até a sala. Anne esperou do lado de fora, atenta a tudo, não podia ficar muita gente. Vi quando tiraram uma pequena quantidade de sangue de Edward, mas não deixei que Krissy olhasse, se ela visse, ai sim que não teria jeito de alguém fazê-la mudar de idéia.
A sentei na cadeira que havia ali, umas de suas mãozinhas segurou minha mão, enquanto no outro braço, uma enfermeira coletava o sangue. Ela fez uma pequena careta de dor, mas pedi que ela mantivesse os olhos em mim to tempo todo, quando acabou, fizeram um pequeno curativo.
- Depois de amanha o resultado estará pronto, Dr. Cullen. – Edward assentiu, e agradeceu, arrumando a manga da camisa.
Ele me olhou.
- Vamos sair? – o olhei confusa. – Eu, você e as meninas, acho que precisamos conversar.
- Tem razão. – murmurei.
Saímos do hospital depois que cada uma das meninas ganhou um pirulito, como Edward insistiu, fomos todos no carro dele, mas antes, ele pegou a cadeirinha de Kris que estava em minha picape. Depois que todos estavam dentro do carro, fomos até Seattle.
Era quase 18:30hrs da tarde quando chegamos, por isso, paramos antes num pequeno restaurante no centro da cidade, para que as meninas pudesse comer alguma coisa.
Enquanto esperávamos os pedidos, ficamos sentamos, Kris nos dava olhares confusos, eu sabia que ela queria falar alguma coisa, mas não tinha coragem.
- Quer falar alguma coisa Kris? – Edward perguntou.
- E sou mesmo sua filha? – ele sorriu fraco.
- Eu não sei, provavelmente sim.
- Porque sim?
- Bom, são muitas coisas. Mas você é muito parecida com o bebê que eu conheci, tem até a mesma manchinha que ela tinha.
- Você quer que eu seja sua filha?
- Eu quero, muito.  – respondeu, sem hesitar.
- Porque? – o sorriso de Edward desapareceu, e pela primeira vez, eu o vi frágil, quase como se estivesse desamparado.
- Porque eu não agüento mais. Eu te procuro a tanto tempo, tanto tempo. Eu sei que você é o bebê que eu conheci a três anos trás, eu tenho certeza. Seus olhos me cativam do mesmo jeito que os olhos daquele bebê me cativaram. Meu coração bate mais forte quando você está perto do mesmo jeito que bateu quando eu peguei aquela bebê no colo. É você, Kris, eu tenho certeza que é.
Eu sabia o que Krissy estava pensando, ela era uma criança muito esperta, por isso que, por de baixo da mesa, eu toquei em sua pequena mãozinha, lhe dando força, e para mim, não foi surpresa nenhuma quando ela levantou, e muito tímida, deu um abraço em Edward.

Eu vi que as lágrimas nos olhos dele não poderiam mais ser contidas. Eu vi o poder que aquela pequena menina exercia sobre ele, eu pude ver, acima de tudo, o carinho e a saudade que aquele abraço transmitia.
Edward beijou as bochechas de Kris, sua testa e seu nariz, ela apertou-o um pouco mais, e voltou para o seu lugar, ao meu lado, Anne recostou a cabeça em meu braço, abracei seu corpo, junto com o de Kris.
Sorri para Edward. As coisas estavam se ajeitando.
- Edward. – chamei-o. – Se Kris for realmente...
- Ela é. – afirmou.
- Ta bom, então... como ficam as coisas agora? – perguntei.
- Bom, eu quero registrá-la como minha filha legitima, quero legalizar todos os documentos de vocês. Mas acho que esse assunto seria apenas entre eu e você, não acha? – assenti.
- Mas e sobre ela? Você disse que não ia...
- E não vou, é uma promessa que eu tenho com você, só quero que me deixe participar da vida dela. – ele olhou para Krissy, sorriu e tocou em seu pequeno queixo. – Quero ser o pai que até agora não pude ser. Acompanhar a escola, brincar, dar presentes. Você sabe, ser apenas pai. – assenti, percebendo que, no momento em que ficássemos sozinhos, teríamos uma conversa bem longa.
(...)
Mais uma vez o tempo passou correndo, Anne e Krissy comeram, eu e Edward também, depois de um tempo, fomos embora, e ao contrário do que pensei ao invés de ele nos deixar no hospital para que eu pudesse pegar picape, ele nos levou direto para casa, eu não falei nada.
- Amanha bem cedo, se não se importar, gostaria de levá-las para o colégio, e depois conversar com você. Pode ser? – mordi os lábios.
- Não sei, eu tenho que trabalhar.
- Posso falar com Rosalie, não podemos adiar esse assunto. – eu ia falar alguma coisa quando Anne gritou.
- Bella, tem um homem parado na nossa porta. – automaticamente encarei a porta de casa, Edward desceu do carro, e eu logo depois dele.
- Nossa, pensei que eu ia dormir aqui fora. – sorri ao ouvir aquela voz tão conhecida, e sem eu ao menos me dar conta, Anne e Kris já estavam correndo pra ele.
- TIO JAKE.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu adorei capítulo.

Blog ta bem legal PARABÉNS.

Posta logo continuação adoro ver EDWARD COM CIUMES RSRS.

Bjs

Anônimo disse...

muito legal o blog gostei muito é uma outra forma de estar ligada na fic..
E agora hein o Edward vai ficar com um ciumes daqueles

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