Mil Pedaços - Capítulo Cinco

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E, finalmente, eu vou começar a trazer Mil Pedaços para o Blog. Comecei pelo capítulo cinco, eu sei. Mas esse foi o que eu postei recentemente, então dai eu me organizo melhor. É isso, mil beijos!

POV. Bella
– Aqui amor, só mais um pouquinho. – Luce fez uma careta, mas enfim, tomou todo o antibiótico.
Estávamos em um quarto na casa dos Cullen, Edward havia me convencido a ficar, aceitei não por mim, mas por Luce, nesse momento, eu tinha um medo maior do que o normal em errar com ela, de fazer algo errado que a fosse prejudicar.
Com Esme ali, eu tinha certeza de que qualquer coisa que nós precisássemos, ela estaria pronta para me ajudar.
– Você é a garota mais inteligente que eu conheço, sabia? – sussurrei para ela, me inclinando um pouco mais sobre seu pequeno corpo, depositando um pequeno beijo em seu pescoço.

– Cócega mamãe. – eu sorri, depositando outro beijo no mesmo local. – AAAAAAI. – gritou, rindo. Foi impossível não rir também, me senti tão bem por vê-la bem e feliz, que lágrimas me vieram aos olhos, a peguei no colo, deixando bem colada a mim, quando bateram na porta.
– Entra. – sussurrei. Esme estava ali, e ela sorria para Luce, se aproximou da cama.
– Como vocês estão? – questionou sorrindo. Fiquei feliz por sua preocupação.
– Estamos, graças a Deus. Obrigada. – retribui seu sorriso, a vi meio hesitante ao se aproximar e segurar as mãos de Luce.
– Posso? – eu assenti, passando minha bonequinha para ela. Me sentei na beira da cama, sendo seguida por Esme e por Luce, que foi de boa vontade para o colo da avó. – Então... – começou ela. Apenas sorri sem graça, sabendo que no começo, assunto era uma das coisas que nos faltaria. – Vocês aprontaram uma e tanto, hum. – sorri fraco.
– Pois é. – murmurei, tocando em um fio inexistente da roupa de cama.
– Sua filha é muito linda. – ergui os olhos, encontrando os de Luce, verdes e brilhantes, como foram desde que ela nasceu.
– Acho ela parecida com Edward. Não puxou muito de mim.
– Ah... – murmurou. – Na aparência talvez, mas o gênio é todo seu. Edward nunca foi uma criança calma, e vejo que essa calmaria toda, Luce puxou de você.
– É, ela nunca foi de dar trabalho, só no primeiro mês de vida, que ela chorava boa parte da noite, mas depois nem parecia que tinha criança em casa. – ao entrar nesse assunto, notei que Esme pareceu se interessar por ele.
– Você teve uma gravidez tranquila? Quero dizer, fez todos os exames e coisas assim?
– Mesmo que eu não quisesse – suspirei. – Edward estava sempre perto de mim, me monitorando, e tirando o fato de que eu era uma adolescente carregando um bebê, minha gravidez foi muito boa. Eu ia ao médico uma vez por mês, só nos últimos meses que eu passei a ir com mais frequência, porque Edward insistia.
– Pelo jeito que você diz, ele parece ser um pai bem presente.
– Sim, desde sempre, Luce é agarrada com ele, o que eu acho injusto, porque fui eu quem a carreguei por nove meses. – nós rimos disso.
– É sempre assim, sabe. Filhas mulheres sempre são mais agarradas com o pai, já os meninos... – ela suspirou. – Lembro quando Edward era criança, vivia agarrado no meu pescoço. – assenti o clima entre nós era estranho, eu não podia negar, mas ela estava tentando, e eu admirava isso nela, afinal, ela aceitou a neta e a garota que mau conhecia de braços abertos em sua casa.
– Mas então, o que você fez nesse tempo? Acabou a escola?
– Sim, eu era adiantada na minha classe, acabei a escola quando estava com nove meses, Edward queria me matar no ultimo dia de aula, porque meus pés estavam tão inchados que eu quase não conseguia sair da cama. – ri com a memória. – Mas agora, basicamente, cuido de Luce, ela é minha prioridade agora, e pra sempre.
Esme sorriu.
– Sinto orgulho de você, qualquer outra garota no seu lugar teria escolhido o aborto, mas você não, teve garra suficiente para assumir sua filha. Isso não é pra qualquer um. – eu sorri. Nesse momento, Luce desceu de seu colo, engatinhando até mim, que estava sentada do outro lado da cama, ela sentou-se em meu colo, depositando a cabeça em meu peito, coçou os olhinhos e os fechou, abrindo um pequeno bocejo em sua boca minúscula, esse ato dela, fez a nós duas sorrirmos.
– Obrigada, mas creio que não teria conseguido sem o seu filho. Quando contei a ele que estava grávida, nossa, pensei que ele ia agir como meus pais sabe, mas não, ele até achou que eu não o deixaria ver a bebê.
– Ele é realmente um menino de ouro, e agora vejo quais os motivos dessa mudança dele, antes ele era apenas um garoto inconsequente, mas agora vejo o homem que criei, e tudo isso graças a você e a essa coisinha linda da vovó. – ela tocou as bochechas de Luce, que abriu os olhos lentamente.
Ouvi uma movimentação perto da porta do quarto onde estávamos, e logo depois Carlisle estava lá, sorrindo.
Deus, porque essa família só sorria?
Verdadeira família perfeição.
– Hora de jantar, meninas. – Esme se pôs de pé prontamente, indo até o marido e o abraçando.
– Olá querido. – cumprimentou-o. Pelo que eu vi, ele tinha acabado de voltar do hospital.
Eles nos chamaram, Luce estava um pouco adormecida, mas mesmo assim não quis ficar no quarto dormindo, então ela desceu comigo, morrendo de sono, mas desceu.
Sentamo-nos na mesa posta para começar a jantar, mas notei que Edward ainda não havia chego, Luce pareceu notar também, pois deu um leve puxão na minha blusa, pedindo atenção, a encarei.
– O que foi bebê?
– Papai? – perguntou.
Foi Carlisle quem a respondeu.
– Papai já esta chegando amor, quando sai do hospital ele disse que só precisava fazer algumas coisas, mas que não precisávamos espera-lo para jantar. – eu assenti, erguendo o rostinho de minha filha.
– Papai já esta vindo, amorzinho. – ela concordou.
Fiz um prato para Luce, com alguns legumes, ela comia de tudo, então não hesitei e lhe dar um pouco de cada coisa, estava me sentando de novo quando a porta da sala abriu-se, e um Edward e um Emmett entravam em casa carregando uma enorme caixa, acho eu que era uma caixa.
– O que é isso, meninos? – Esme perguntou.
Edward pareceu notar nossa presença e ergueu os olhos.
– Isso é um presente para a minha princesinha. – Luce, ao ouvir o apelido pelo qual só o pai a chamava, lançou um gritinho.
– Papai, papai. – gritou. Eu ri dela.
Edward se aproximou de nós, dando um beijo em Luce, que não se contentou apenas com isso, e grudou no pescoço dele.
E foi assim, nos acostumando com a nova rotina e a nova família, que o tempo foi passando.
2 semanas depois...
Era estranho pensar em como as coisas mudam em tão pouco tempo. Eu não gostava de pensar na rapidez em que minha filha ficou doente, mas eram inevitável porque, através daquela maldita doença, a verdade venho a tona e eu seria uma mentirosa se dissesse que nossas vidas não melhoraram depois daquilo.
Luce continuava com o tratamento usando os antibióticos que o médico receitara, e as mudanças nela eram claras. Com o passar do tempo, eu insistia em fazer com ela brincadeiras que testavam sua visão, audição e qualquer outra coisa que a maldita meningite pudesse atingir. E era certa a melhora da minha filha.
Descobri que aquela enorme caixa que Edward entrou carregando em casa, era, na verdade, um enorme berço, na cor branca, que estava no quarto onde eu usava na casa dos Cullen, não gostaria que Luce dormisse sozinha, mesmo todos dizendo que a casa era tão enorme que ela poderia ter três quartos se quisesse. Mas eu disse não, e se a minha filha chorasse durante a noite? E se ela precisasse de mim? Eu estaria longe demais.
Eram quase 16:00hrs da tarde quando Edward chegou em casa, perguntando se não queríamos ir dar uma volta num parque perto dali.
Eu concordei, não estava aguentando ficar trancada, não que estivesse reclamando, Esme fez questão de me fazer companhia esses dias, e Alice, minha amiga de colégio, venho me visitar algumas vezes durante essas duas semanas.
Coloquei em Luce uma roupa confortável para que ela pudesse ficar livre pra correr, calcei um tênis e sem muita demora nós saímos, avisando a Esme que não nos demoraríamos muito.
Ao chegar no parque, deixamos Luce brincar e nos sentamos em um banco perto do brinquedo onde ela estava.
– Ela tá linda. – Edward murmurou sorrindo, os olhos fixos em nossa filha.
– Ela sempre foi, seu bobão. Você que não via. – ri.
– O que? Claro que eu via sim.
– Agora ela esta ficando uma mocinha. – Edward na mesma hora me encarou.
– Cê ta maluca né? Da onde tirou que minha princesinha ta ficando mocinha? – eu apenas ri dele. Tinha pena de Luce, ou melhor, do namorado de Luce. Edward seria um pai tão possessivo.
Vi Luce sentada na areia, cavando um buraco, como se estivesse procurando alguma coisa, notei uma ruguinha em sua testa, de tão concentrada que estava. Com medo de que fosse algum bicho que ela estivesse procurando, me aproximei dela, levantando suas mãozinha.
– Hey bonequinha, o que você tanto procura ai?
Mas então ouvi algo que eu nunca pensei que poderia ouvir de novo, e não, não era a voz de Luce, mas sim a voz de Renné e Charlie.
– Bella?
E... Deus, eu não queria, eu não podia, virar para encará-los.

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