Destinos Cruzados: Capítulo Quinze

N/A: 
Próximo capítulo vai mostrar o Edward falando da Kris pra família dele. Um grande jantar com todo mundo e, talvez, se as minha leitoras forem boazinhas comentando muuuuuuuuito. Vai ter romance. hehehe
POV. Bella
Ótimo. Era hoje o dia, Edward ia pegar o resultado do exame as 10hrs da manhã, mas antes, viria buscar as meninas para a escola. E assim foi.
Cedinho ele estava na minha porta, com um enorme sorriso no rosto. O cumprimentei com um simples oi, lhe dando passagem para entrar em casa. Não. Nada havia mudado entre nós depois daqueles beijos, pois Edward saiu praticamente correndo do quarto logo após isso, e aqui estávamos nós, exatos dois dias depois, naquele situação mais que constrangedora.
– Você já tomou café? – questionei, e quando ele negou perguntei se não queria juntar-se a nós na mesa, ela aceitou, sentando-se de frente pra mim.
– Cadê todo mundo? – me perguntou quando notou que estávamos apenas nós dois na mesa.
– As meninas estão se vestindo, e Jacob está arrumando o quarto dele. – o vi torcer o nariz quando ouviu o nome de Jacob, ele ainda não gostava muito do meu amigo, o que eu considerava uma completa ingratidão, se ele fizesse idéia do quanto Jacob nos ajudou, a ajudou a filha dele, ele agradeceria de joelhos.
Assim que terminei de falar, uma Krissy que mau conseguia abrir os olhos apareceu na cozinha, se arrastando, com uma escova na mão.
– Mãe... prende meu cabelo? – assim que a viu, Edward se levantou, dando um beijo estalado em sua bochecha, Kris respondeu com um simples Oi, Edward, tão arrastado que dava dó.
A peguei no colo, fazendo um alto rabo de cavalo em seu cabelo, ajudando-a com o café logo em seguida. Anne não demorou muito a aparecer, um pouco mais acordada que Kris, mas ainda sonolenta, devidamente vestida.
– Boa dia, Bella. Oi, Edward. – ele a chamou com o dedo, dando um beijo em sua bochecha também.
– Boa dia, querida. – respondi.
Também a ajudei com o café, e quando Jacob chegou, estávamos quase terminando. O clima ficou hostil entre os dois, mas pelo menos não se trataram com tão mal na frente das meninas. Uns 20 minutos depois estávamos todos prontos para sair.
– Vai tranquila para o trabalho, quando o exame ficar pronto, acho que lá pelas 10:00hrs eu passo lá pra te buscar e nós conversarmos. Falei com Rosalie, não vai ter problema de você sair esse horário. – apenas assenti, afinal, o que eu falaria? Pelo que parecia, Edward já estava tomando conta de tudo. – Você quer uma carona? – eu nem precisei responder, pois logo Jake já estava ali, passando os braços por cima do meu ombro, sorrindo.
– Pode deixar brow, você leva as meninas. Da Bells aqui cuido eu. – Edward bufou discretamente, o que, me pergunto eu, não sabia como era possível. Ele me encarou.
– Você tem certeza? – questionou.
– Absoluta. – respondi apenas.
Os minutos depois dali foram das meninas me dando um beijo de despedida, eu trancando a casa e entrando no carro de Jacob.
– O que você vai fazer na parte da manhã? – perguntei a ele enquanto íamos para o meu trabalho.
Sua resposta me surpreendeu, e muito.
– Vou estudar seu caso.
– Como é? – perguntei num folego só, sem saber o que falar.
– Ora, Isabella. Sou advogado, acha mesmo que vou ficar aqui, assistindo esse filhinho de papai chegar na sua vida do nada, querendo se achar o tal, pegando suas filhas e eu sem fazer nada? Tenha dó né. – dei de ombros.
Jacob era um excelente advogado, mas no meu caso, como ele mesmo dissera, eu não sabia o que poderia ser feito em meu favor na justiça. Justiça. Essa palavra me fez ter um salto.
– Jake, o que você vai fazer? Não esqueça que eu menti sobre basicamente tudo aqui. – suspirei.
– Não se preocupa, eu sei disso. Mas ainda assim, saiba que você tem direitos sobre essas meninas por tê-las criado. Se não fosse por você, a bebê teria morrido queimada e sabe-se lá o que teria acontecido com a Ann. Relaxa, pode parecer que não, mas muitas coisas estão ao seu favor.
Não sei porque, mas ouvir aquilo não me deixou mais tranquila.
[...]
Minha manhã passou como geralmente passava: Eu atendendo telefonemas, marcando horários, anotando recados. Nada de muito diferente.
Apenas o fato de que minha vida inteira se resolveria a menos de 30 minutos.
Eram quase 10:15hrs da manhã e nada de Edward, eu estava começando a ficar apreensiva – não que eu não estivesse a manhã inteira – e assustada. O que teria acontecido? Ele teria visto que Krissy não era filha dele? Não, impossível, depois de tantas provas, essa era uma duvida mais que esclarecida.
E assim, menos de 5 minutos depois, Edward apareceu lá.
– Vamos? – perguntou, o rosto sério.
– Vamos. – murmurei.
Avisei a Rosalie sobre minha saída, desliguei meu computador, e sai com Edward. Ele me levou até seu carro, sentei no banco do carona, vendo-o sentar-se ao meu lado.
– Já pegou o exame? – ele assentiu. – Onde vamos? Já o abriu?
– Não, não abri, queria fazer isso com você. Não sei pra onde podemos ir, porque teremos que ter uma conversa séria agora. – balancei a cabeça, afirmando. – Que tal ir para a minha casa? A essa hora apenas minha mãe esta em casa, mas aposto que tem alguma sala vazia para conversarmos.
– Pra mim tudo bem, acho até melhor estar em um lugar reservado.
– Concordo.
E então Edward dirigiu até a casa dele. O caminho foi curte e silencioso, e eu não sabia de agradecia ou fugia quando chegamos. Ele entrou direto quando chegamos, passamos pela mãe dele logo na sala.
– Oi mãe. – murmurou.
– Olá queridos. – era meio óbvio que ela já sabia quem eu era, e provavelmente, que quem estava comigo era sua neta.
– Mãe, eu e Bella vamos conversar ok. Não deixe nada ou ninguém nos atrapalhar. Estaremos no escritório do papai. – ela concordou.
– Não querem que eu prepare alguma coisa pra vocês?
– Por mim não. – Edward respondeu me olhando.
– Por mim também não, a gente só... pode ir logo? – respirei fundo.
– Claro. – ele me guiou até um pequeno corredor logo após a sala, havia uma porta bem no fim do mesmo, e foi onde nós entramos.
Era um lugar simples, muito bem organizado, em cores de preto e branco.
Um sofá preto de cor preta estava ao lado da porta, em frente a ele, do outra lado da sala, uma mesa de vidro com um computador em cima, havia um pequeno armário ali também, repleto de livros.
Nos sentamos lado a lado no sofá de três lugares que havia no local. Os dois olhando pra baixo, sem saber o que fazer ou falar. Notei um envelope entre seus dedos. Era o exame, lógico.
– Não vai abrir? – ele suspirou.
– Não quer fazer isso? – neguei.
– Não vou entender nada mesmo. – assentindo, o vi mexer os dedos sobre o papel, abrindo com cautela para não rasgar nada que estivesse lá dentro.
No envelope, havia uma outra folha, dobrada em três parte. Ele a abriu. Olhando-a com cuidado, não deixando nenhuma palavra escapar.
E então, sem olhar pra mim, sorriu. Estava feito. Eu sabia. Positivo.
Quando Edward me encarou com um enorme sorriso, eu não tive dúvidas: Minha menina era sua também.
[...]
– E o que nós faremos? – fiquei surpresa quando ELE me perguntou aquilo, e não EU a ele.
– Bom, creio que vá querer fazer parte da vida dela também. – ele assentiu.
– Disso você já sabia.
– Então, o que mais você quer? – sem hesitar, começou a responder.
– Primeiro quero registrá-la. Sei que você a bancou durante esses anos, por isso, a partir de agora, todos os custos de Krissy serão meus.
– Isso não. Concordo que você possa ajudar. Mas banca-la totalmente não.
– Mas...
– Mas nada Edward. Se você tem direitos, eu também tenho, e isso, definitivamente, eu não quero. – ele suspirou resignado.
– Tudo bem. Quero leva-las para a escola. Todos os dias.
– Por mim tudo bem, ai eu busco.
– E quando você tiver algum problema, com qualquer uma das duas, quero que me ligue, me prometa isso Bella.
– Não, apenas com Krissy, Anne não é nada sua. – ele sorriu.
– A partir de agora é. Não pense que eu esqueci da garotinha que me ajudou com você. – eu quase engasguei com minha respiração, e notei que eu andava fazendo muito aquilo ultimamente.
– Você não...
– Eu quero. Por favor.
– Você pode manter uma amizade com Anne, sem dúvidas. – pela maneira que ele ficou, notei que minha expressão teria sido de “não me contrarie”.
– Tudo bem. Não creio que vamos resolver tudo agora. Mas com o tempo, as coisas vão ir se ajeitando. Caramba, não consigo acreditar que finalmente encontrei minha filha.
– Pode parecer que não, mas fico feliz por vocês.
A expressão de Edward mudou. Ele me encarou, segurando minha mão em cima do sofá.
– E nós Bella?
– Nós? – perguntei.
– Sim, estávamos indo tão bem antes de toda essa confusão.
– Nunca ouve um nós, Edward. O que tivemos foi algo rápido. Era coisa... passageira. – superei, encarando nossas mãos unidas e as afastando.
– Houve sim. Diga isso por você, porque por mim, haveria sim um “nós”.
[...]
Voltei para o trabalho depois daquilo, tentando mantes minha cabeça ocupada para não pensar em “besteiras”.
Quando meu horário chegou ao fim, fui direto pra casa, já que Edward buscaria as meninas na escola.
Cheguei lá encontrando um Jacob sentado no sofá, rodeado por inúmeros papéis, soube na hora o que ele estava fazendo, pela latinha de coca e o sanduiche ao seu lado, cheguei a conclusão de que ele não havia almoçado.
– Oi. – murmurei.
– E ai? Como foram as coisas?
– O que eu já esperava né. Agora só o tempo vai dizer. – suspirei.
– Ele não vai te tirar ela, vai?
– Não. Não vai. Mas vai participar da vida dela. Afinal, é filha dele.
Nesse momento, o baixo barulho do carro de Edward soou na frente de casa, não fui abrir a porta, afinal, Anne e Krissy entrariam como um furacão dentro de casa. Como sempre. E foi justamente o que aconteceu.
– Olá. – disse Edward, aparecendo logo atrás delas, com as mochilas delas nas mãos.
– Oi. – respondemos.
Edward se aproximou de nós, largando as mochilas ali perto, enquanto as meninas correram pra trocar de roupa, voltando não muito tempo depois.
– Oi mamãe.
– Oi Bella.
– Oi meus amores. – respondi.
Elas deram oi a Jacob também, que apenas as deu oi também, concentrado demais no que estava fazendo.
– O que você ta fazendo tio Jake? – Anne perguntou.
Ele finalmente ergueu a cabeça.
– Dando uma olhada nuns processos. – encarou Edward.
– Jura? – provocou. – E a que conclusão você chegou? – Jake me olhou e ri.
– Cheguei a conclusão de que as coisas ficaram 100% mais fáceis se vocês casassem. – riu mais ainda.
Depois disso, a sala ficou num completo silencio, era como se até meninas soubessem que as coisas estavam tensas por ali.
E continuou assim até que a voz séria de Edward – uma que eu nunca tinha ouvido antes – encheu o ambiente.
– Bella, quer casar comigo?

1 comentários:

michele disse...

Sua malvada estou roendo as unhas por sua causa... de tanta curiosidade

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