Move On - Capítulo Quatro: Sentimentos Descobertos

Capítulo 4 – Sentimentos Descobertos.

POV. Edward

- Então está me dizendo que está ajudando uma adolescente grávida e que não é o pai? – assenti.

Eu sabia que teria de apresentar Bella a minha família, mas não esperava que fosse tão cedo. O pior foi o fato de que minha mãe pensava que eu era o pai do bebê. Mas o que realmente me assustava, foi o estado em que minha mãe e Bella – principalmente Bella –, ficaram quando se viram.

Eu tinha certeza que Esme não seria indelicada, mas também não foi uma pessoa muito agradável, ela disse que tentaria entender se eu contasse tudo, mas era a vida de Bella, e não a minha, não poderia sair por ai falando a história dela, história essa, que eu mal conhecia.

- Então por que faz isso?

- Ela não tem ninguém mãe, precisa de alguém, está tão frágil que não teve como negar ajuda. – me limitei a dizer.

- Mas e o pai do bebê? Já que não é você, deve existir outro. – murmurou.

- Existe, mas ela não gosta de falar dele. – até mesmo porque ele ameaçou tirar o neném dela. Claro que eu não falei isso.

- Ainda assim, você é jovem demais para tal responsabilidade.

- Se você a desse uma chance, veria a pessoa maravilhosa que é.

- NÃO ME DIGA QUE ESTÁ APAIXONADO POR ELA, EDWARD CULLEN! – exclamou.

- Claro que não. – então porque uma parte de mim negava isso, balancei a cabeça, e continuei. – E pare de gritar mãe, você não deve imaginar o estado que ela está naquele quarto, se veio aqui para me dizer como devo, ou se devo, ajudar ou não os outros, o recado está dado.

- Está me mandando embora?

- Talvez. – me manti firme.

Ela não tinha o direito de vir até a minha casa e me dar um sermão de como devo ou não ajudar as pessoas.

- Veja como ficou, meu filho não era assim.

- Sinto muito então. – me doía falar aquilo, afinal, era minha mãe, por isso, respirei fundo antes de continuar − Mãe, se importaria de vir aqui amanha a noite? Você, o papai e Rosalie? Para conhecerem Bella. – Esme pareceu pensar, e provavelmente, quando percebeu que isso que era o máximo que conseguia, suspirou.

- Nós viremos. Amanhã você não vai ao hospital, certo? – assenti.

- Diga para Rosalie trazer o namorado dela.

- Tudo bem, diga à menina que eu dei um “tchau”.

- Tá. – a levei até a porta, e assim que minha mãe saiu de minha casa, Maria veio da cozinha.

- Mas que situação, hein.

- É. Maria, vou ver como Bella está, ela deve ter ficado... Sei lá, assustada com a presença de minha mãe.

- Tudo bem, ela está no quarto.

Andei em direção ao quarto onde Bella dormia, dei duas batidas de leve na porta e chamei seu nome. Ela sussurrou um “Está aberta”.

Encontrei-a sentada na cama, apesar de tudo, ela parecia estar calma, e abatida.

- Você está bem?

- Claro. – mas a voz dela falhou.

- Sinto muito por tudo isso, mas te garanto que vai gostar da minha família, eles são boas pessoas. – ela sorriu.

- Eu sei que são, afinal, como poderiam ter tido um filho maravilhoso como você se não fossem pessoas boas?

- Obrigado. – ela deu de ombros.

Hesitei antes de ter a coragem para dizer-lhe que meus pais viriam jantar conosco amanha. Mas por fim, segurei suas mãos, e encarei seus olhos.

- Bella, amanhã meus pais virão aqui, para te conhecer. – ela arregalou os olhos.

- Co... Como?

- Bem, uma hora ou outras eles viriam, por que não agora? Assim a gente acaba com tudo isso de uma vez. – mas eu queria descobrir o que eu quis dizer com “a gente acaba com tudo isso”.

Bella suspirou, e assentiu.

[...]

Aproveitei que Maria ficou com Bella e dei uma saída. Passei na Forks High School e fiz a matrícula dela. Afinal, Bella não podia parar de estudar, e como a gravidez estava no início, dava bem para ela voltar às aulas.

Depois, eu entrei no carro e só fiquei ali, sentado com as mãos no volante. As palavras de minha mãe rodavam em minha mente.

E eu tive uma vontade imensa de saber o que eu sentia por Bella e o bebê dela, afinal, faziam apenas poucos dias que eles estavam comigo.

POV. Bella

Eu achei a mulher parada na porta bem parecida com Edward, ela me olhou, e após ver minha barriga, me encarou amedrontada. Eu sabia que seria assim, as pessoas me olhariam diferente sempre, por eu ser uma garota grávida.

No caso de Esme Cullen, eu podia deduzir que ela estivesse com medo que meu bebê fosse de Edward também.

Gaguejando, ela perguntou pelo filho, eu não tinha a mania de abrir a porta, mas Maria estava sei lá onde e Edward estava estudando para uma prova na faculdade.

Ela entrou e eu chamei Edward. Deixei-os na sala conversando e fui para o quarto. Na tentativa de não ouvir o que eles falavam, eu fui desfazer minhas malas e guardá-las no closet que Edward disse que eu poderia usar. Minha tentativa de não ouvi-los deu certo.

Quando acabei com as roupas, guardei minha mala e sentei na cama. Eu tinha um porta-retrato perto, era de mim e meus pais.

Como eu sentia falta deles, seria tudo tão mais fácil, para começar eu nem estaria grávida.

Deixei meus pensamentos vagarem por lembranças boas que a tempo eu não tinha.

Eu me lembrava daquela garota, correndo pela praia com seus cinco anos recém completados. Os cabelos dela estavam bagunçados, batiam no rosto mesmo estando de baixo de um enorme chapéu que ela pegou da mãe.

A garota que corria pela praia rindo e gritando, estava fugindo da mãe, que corria atrás dela em uma brincadeira doce e infantil.

Quando a mulher alcançou a menina, elas caíram na areia, rindo, a mulher pegou a criança no colo, e aos beijos, juntaram-se a um homem, que estava sentada na beira da praia.

Apertei meus olhos e mais uma olhou a foto. Aquela garota era eu, com meus pais, eu me lembrava tão bem daquele dia, fora tão feliz, meu pai estava de férias e levou eu e minha mãe para passarmos as férias em Carmel, minha cidade favorita.

Mal sabia eu que naquele lugar que tanto me fez feliz, me faria sofrer também. Afinal, meus pais morreram lá, levando consigo, minha própria vida.

Ouvi duas leves batidas na porta, larguei a foto e sequei o rosto. Era Edward. Não pude negar o quanto fiquei assustada quando ele disse que seus pais iriam jantar conosco no outro dia. Mas eu não podia fazer nada, afinal, a casa era dele.

Depois disso, ele saiu, dizendo que teria que resolver algumas coisas. Tomei um banho, e Maria logo me obrigou a comer alguma coisa, alegando que eram ordens de Edward, eu rolei os olhos. Às vezes ele tinha cuidado em excesso comigo. Eu não era uma bonequinha que qualquer momento poderia se quebrar.

Mas também não reclamava, ele cuidava de mim como só meus pais faziam.

POV. Edward

Respirei fundo algumas vezes antes de ligar o carro e ir para casa. Quando cheguei, Bella estava sentada na sala, assistindo a algum filme na TV.

Disse a ela que tomaria um banho e voltaria à sala para ficar o resto do dia com ela. E foi o que eu fiz.

Sentei perto dela e segurei sua mão, era um único contato que eu me permitia fazer, talvez o único que ela me permitiria fazer.

- O que esta assistindo?

- Uma prova de amor, o filme é realmente muito bom. – olhei para a tela de televisão, o filme deveria estar pela metade, mas eu me interessei pela história?

- Fala sobre o que? – Bella, ainda com a mão na minha, virou-se e sorriu.

- É sobre uma garotinha que tem câncer, a mãe dela se recusa a perdê-la e por isso, aceita a idéia de fazer um bebê de proveta, para salvar a vida da outra filha. A história é basicamente essa, o filme é muito bom. – vi a empolgação que ela tinha ao falar do filme, e percebi que para Bella, aquilo era uma história de superação. E fiquei feliz por ela.

Sem conseguir me controlar, levei minha mão até seu rosto e acariciei sua bochecha, Bella não fez nada a não ser tocar minha mão com a sua.

Quando abaixei minha mão de seu rosto, ela sentou no sofá, sorrindo, e eu também.

No decorrer do filme, a historia ficava cada vez mais triste, Bella derrubava lágrimas silenciosas enquanto olhava, o que fez com que eu passasse meu braços em volta de sua cintura. Aceitando o carinho, Bella deitou a cabeça em meu ombro. Aninhando-se ali.

E foi nesse momento que eu me dei conta que eu tinha descoberto meus sentimentos por ela: Eu estava apaixonado por Isabella Swan.

2 comentários:

disse...

adorei, adorei! *-*

já estou até seguindo seu blog, siga o meu também?
www.letsgoreadsomething.blogspot.com.br

michele disse...

Aii Deus que agônia estou te procurando no Nyah mas não acho me passa o link?

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